A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, nesta quarta-feira (21), por meio de uma votação simbólica, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa extinguir a possibilidade de reeleição para os cargos de prefeito, governador e presidente da República. Essa decisão marca um importante o na reformulação do sistema eleitoral brasileiro.
O texto aprovado estabelece a ampliação dos mandatos eletivos, que arão de quatro para cinco anos, abrangendo todos os cargos, incluindo deputados e vereadores. Durante a análise da proposta, os senadores também decidiram que, a partir de 2034, os mandatos de senadores, que atualmente duram oito anos, serão reduzidos para cinco anos. Essa mudança busca promover uma maior rotatividade e renovação nas cadeiras do Senado.
Outro aspecto relevante da proposta é a unificação das eleições municipais e gerais, prevista para ocorrer também a partir de 2034. Com essa alteração, prefeitos e vereadores serão eleitos no mesmo ano que governadores, deputados, senadores e o presidente da República. Essa unificação tem como objetivo aumentar a participação da população nas eleições e facilitar a organização do processo eleitoral.
A PEC agora segue para o plenário do Senado, onde será necessária a obtenção do apoio de pelo menos 49 parlamentares, em dois turnos de votação, para que seja aprovada. A proposta tem gerado debates acalorados entre os senadores, refletindo a importância das mudanças propostas para a democracia brasileira.
Defensores da PEC argumentam que a extinção da reeleição permitirá um maior espaço para novas lideranças e ideias, enquanto críticos da medida levantam preocupações sobre a estabilidade política, sugerindo que a reeleição pode oferecer continuidade em projetos importantes para a sociedade. Este é um momento crucial para o Senado e para o futuro da política nacional.
Além disso, a proposta representa uma resposta a demandas sociais por maior transparência e renovação na política, em um cenário onde a insatisfação com os políticos tem aumentado. A possibilidade de unificar as eleições também é vista como uma estratégia para engajar mais cidadãos no processo democrático, criando um ambiente propício para debates e reflexões sobre a governança.
Com o avanço da PEC na CCJ, o foco agora se volta para o plenário do Senado, onde a votação poderá definir os rumos do sistema eleitoral brasileiro. O desfecho desse processo legislativo será acompanhado de perto, uma vez que poderá ter consequências significativas para as próximas eleições e para a forma como a política é exercida no país.