O deputado federal Félix Mendonça Júnior, do PDT da Bahia, desponta como um dos principais candidatos para assumir a presidência do Ministério da Previdência Social, em substituição ao atual presidente nacional licenciado do partido, Carlos Lupi. O interesse do presidente Lula (PT) em manter um pedetista à frente da pasta surge após o escândalo envolvendo saques indevidos nos salários dos beneficiários do INSS. Essa estratégia visa preservar o apoio do PDT no Congresso Nacional.
Félix Mendonça Júnior está no seu quarto mandato pelo PDT e já exerceu a liderança do partido na Câmara dos Deputados. Recentemente, ele formalizou a adesão da legenda à base do governador Jerônimo Rodrigues (PT), numa articulação que contou com a participação direta de Carlos Lupi e do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT).
Hoje, Lupi tinha um encontro agendado na Bahia com Jerônimo Rodrigues para consolidar a aliança com o PT baiano. No entanto, a reunião foi adiada em função dos desdobramentos relacionados ao escândalo na Previdência.
Além de Félix Mendonça Júnior, outro nome que ganha força nos bastidores é o do ex-deputado federal Wolney Queiroz, do PDT de Pernambuco. Atualmente, Wolney Queiroz ocupa o cargo de secretário-executivo do Ministério da Previdência e é considerado o favorito de Lula para o cargo.
A pressão pela demissão de Carlos Lupi aumenta após a revelação de descontos indevidos nos contracheques de aposentados do INSS. Estima-se que as fraudes possam alcançar a cifra de R$6,3 bilhões e tiveram início ainda durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PT).
Em um movimento de resposta à crise, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que foi indicado por Lupi, foi demitido por Lula e substituído por Gilberto Waller Junior. Essa mudança demonstra a urgência do governo em lidar com as consequências do escândalo e reforçar a confiança dos beneficiários do INSS.