A ministra da Cultura, Margareth Menezes, foi convocada a comparecer à Câmara dos Deputados na próxima quarta-feira (16), às 10h, para prestar esclarecimentos acerca de alegações relacionadas ao suposto aparelhamento político dentro do ministério e à realização de apresentações artísticas financiadas com recursos públicos durante o Carnaval de 2025.
O pedido de convocação partiu do deputado federal Luciano Zucco (PL-RS), após a divulgação de informações de que a ministra teria recebido cachês pagos por prefeituras utilizando verbas públicas. Entre os valores mencionados, destacam-se R$ 350 mil oriundos da Prefeitura de Fortaleza e R$ 290 mil da Prefeitura de Salvador, referentes a shows realizados durante o Carnaval deste ano.
Antes de aceitar participar dessas apresentações, Margareth Menezes consultou o Comitê de Ética Pública (CEP), que autorizou a sua participação nos eventos, não identificando qualquer irregularidade ou conflito de interesse em sua atuação como titular da Cultura. Essa consulta foi feita de forma a garantir a transparência e a ética em suas decisões.
Além dos shows, os parlamentares também pretendem questionar Margareth Menezes sobre acusações envolvendo Anne Moura, secretária nacional de Mulheres do PT. Ela teria tentado utilizar recursos do Comitê de Cultura do Amazonas para promover sua candidatura a vereadora em Manaus. O Ministério da Cultura, entretanto, afirmou que Anne nunca fez parte do comitê e não possui qualquer vínculo com a pasta, desconsiderando assim as alegações feitas.
A presença da ministra na Câmara ocorrerá em caráter de convite. Isso significa que sua participação não é obrigatória, porém, há uma expectativa significativa de que ela compareça de maneira voluntária para esclarecer os pontos levantados e rebater as acusações que surgiram. O ambiente político atual, marcado por tensões e desconfianças, torna ainda mais relevante a sua manifestação sobre os fatos.
A convocação de Margareth Menezes reflete a preocupação de alguns deputados com a gestão do Ministério da Cultura e a utilização de recursos públicos em eventos artísticos. A auditoria e a transparência nas ações do governo são temas cada vez mais discutidos na Câmara, principalmente em relação a eventos de grande visibilidade como o Carnaval.
Com a proximidade da data, a expectativa cresce em torno da resposta da ministra e das implicações que isso poderá ter para a sua gestão e para o Ministério da Cultura como um todo. As próximas semanas prometem ser de intenso debate e análise sobre a condução da pasta e o uso de recursos públicos em atividades culturais.
