A desaprovação em relação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Bahia ultraou, pela primeira vez, o índice de aprovação no estado. Essa informação foi revelada pela pesquisa realizada pela Quaest, com os resultados divulgados na última quarta-feira (26).
Segundo os dados obtidos, 51% dos entrevistados afirmaram desaprovar o governo de Lula, enquanto 47% expressaram sua aprovação em relação à gestão petista. O levantamento indica um aumento significativo de 18 pontos percentuais na taxa de desaprovação, ao mesmo tempo em que a aprovação sofreu uma diminuição de 19 pontos percentuais. Esses números refletem uma mudança notável na percepção popular sobre a istração do presidente.
A pesquisa ouviu um total de 1.200 pessoas, e a margem de erro estimada é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. O trabalho de campo foi realizado entre os dias 19 e 23 de fevereiro, o que proporciona um contexto recente para a análise dos dados.
Essa mudança no cenário político da Bahia pode ser interpretada de diversas maneiras. Para muitos especialistas, a desaprovação crescente pode estar ligada a fatores locais e nacionais, que influenciam diretamente a imagem de Lula no estado. Questões como a economia, a saúde pública e a segurança são frequentemente citadas como preocupações prioritárias entre os cidadãos, e a forma como o governo tem lidado com esses temas pode estar impactando a avaliação do seu desempenho.
Além disso, a pesquisa da Quaest também pode ser vista como um reflexo das expectativas que a população baiana tinha em relação à gestão de Lula após seu retorno à presidência. O clima político que antecedeu sua eleição, marcado por um forte apoio da esquerda, agora parece ter dado lugar a uma insatisfação que muitos consideram como uma reação natural a promessas não cumpridas ou a uma percepção de que as soluções adotadas não atendem às necessidades da população.
É importante ressaltar que a Bahia, historicamente, tem uma inclinação significativa em apoio ao Partido dos Trabalhadores, o que torna esse resultado ainda mais intrigante. Com a desaprovação superando a aprovação, especialistas sugerem que o governo deve prestar atenção a essas mudanças, para que possa reverter essa tendência antes que se torne uma questão mais séria, principalmente com o cenário eleitoral se aproximando.
