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Como o Declínio de Animais Dispersores de Sementes Afeta o Combate às Mudanças Climáticas

4 Min

A Importância dos Animais Dispersores de Sementes nas Florestas

A maioria das árvores da Amazônia (90%), da Mata Atlântica (90%) e do Cerrado (60%) depende dos animais para espalhar suas sementes e garantir sua reprodução. Aves, mamíferos, peixes e até anfíbios desempenham papéis cruciais na diversidade das florestas em todo o mundo. No entanto, as populações desses dispersores de sementes vêm diminuindo drasticamente, levando a uma série de consequências ambientais.

Impactos da Perda de Dispersores

A perda de animais frugívoros, que se alimentam principalmente de frutos, altera a composição das florestas, enfraquecendo sua capacidade de absorver dióxido de carbono e reduzindo sua eficácia no enfrentamento das mudanças climáticas. Os esforços globais para proteger e recuperar ecossistemas muitas vezes subestimam a importância destes animais nas estratégias de conservação da biodiversidade e recuperação florestal.

O Papel Fundamental dos Dispersores

De acordo com o pesquisador Mauro Galetti, os animais frugívoros são essenciais para a restauração florestal. "Enquanto se fala em créditos de carbono e restauração florestal, é vital reconhecer o papel de tucanos, cutias e antas na dispersão de sementes", afirma. Estes animais são responsáveis por "plantar" o carbono, contribuindo significativamente para a saúde das florestas.

Um estudo publicado na Nature Reviews Biodiversity destaca que os esforços de restauração e proteção de ecossistemas podem ser ineficazes se a perda de dispersores de sementes não for mitigada. A pesquisa aponta que no mundo todo houve uma redução de 60% na propagação de sementes devido à perda de aves e mamíferos.

Mecanismos de Dispersão

Os animais dispersores, ao consumirem frutos, "contaminam" as sementes que am por seu sistema digestivo, onde recebem um tratamento químico e mecânico. Este processo aumenta a taxa de germinação e assegura que as sementes se estabeleçam em locais seguros. Galetti ressalta: "Sem esses animais, a maioria das sementes não vai germinar ou terá dificuldades devido à competição nas proximidades da planta-mãe."

É importante notar que a relação entre árvores e dispersores é complexa e varia em diferentes regiões. Por exemplo, a castanha-do-pará depende exclusivamente da cutia para sua dispersão. Se essa espécie for extinta localmente, o futuro da castanha estará em risco.

Desafios e Estratégias para a Conservação

As mudanças no uso da terra, a exploração direta e a caça têm impactado gravemente essas populações de animais dispersores. Embora a perda de polinizadores, como abelhas, receba mais atenção pública, os impactos da redução dos dispersores de sementes são igualmente significativos, influenciando a biodiversidade e a capacidade de armazenamento de carbono ao longo do tempo.

É essencial incluir a conservação dos animais dispersores nos projetos de restauração e preservação de ecossistemas. O cientista enfatiza que restaurar ecossistemas vai além de simplesmente plantar árvores; é crucial assegurar que os animais que "plantam" essas florestas também estejam presentes.

Conclusão

A degradação dos serviços ecológicos prestados pelos dispersores de sementes pode ter consequências de longo prazo, afetando não só a biodiversidade, mas também a funcionalidade e a resiliência dos ecossistemas. O artigo Drivers and impacts of global seed disperser decline pode ser ado em Nature, oferecendo uma análise abrangente sobre os impactos da perda desses animais.

Manter a diversidade de animais dispersores é fundamental para garantir a saúde e a conectividade das florestas, essenciais para um futuro sustentável.

Informações da Agência FAPESP

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