Inovações em Biofabricação: A Revolução na Criação de Tecidos Humanos e Animais
A startup 3D Biotechnology Solutions (3DBS), localizada no Hub Mandic em Campinas, está na vanguarda da biofabricação, desenvolvendo soluções que podem transformar o tratamento de diversas condições médicas. Com tecnologias de bioimpressão 3D e eletrofiação, a 3DBS cria modelos de pele artificial, barreira intestinal, fígado e membranas para regeneração óssea e de feridas. O foco é reduzir a dependência de cobaias animais nas indústrias cosmética, farmacêutica e alimentícia, almejando, a longo prazo, fornecer tecidos humanos vivos que funcionem como os nativos.
Biofabricação e Engenharia Tecidual
A CEO e cofundadora Ana Luiza Millás destaca que o trabalho da 3DBS se concentra na biofabricação e engenharia tecidual, utilizando conceitos da engenharia para reconstruir tecidos. A 3DBS é apoiada pelo programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da FAPESP e participará de eventos como a FAPESP Week França e a feira internacional VivaTech, com o objetivo de atrair investidores e expandir suas redes de distribuição e colaboração em pesquisa.
Equipamentos de Biofabricação no Brasil e no Exterior
Desde sua fundação em 2017, a 3DBS fornece equipamentos de biofabricação, como biompressoras 3D e eletrofiadoras, que já estão presentes em instituições de ensino e pesquisa em todo o Brasil e começam a ser comercializados no exterior, com unidades já instaladas na Alemanha, Portugal e Chile.
Desenvolvimento de Membranas para Medicina Regenerativa
Além de máquinas, a empresa desenvolve produtos, muitos em colaboração com universidades e institutos. Recentemente, a 3DBS começou a produzir membranas para regeneração óssea e feridas, focando em aplicações odontológicas e veterinárias. Essas membranas, feitas com uma combinação de polímeros naturais e sintéticos, atuam como scaffolds, permitindo o crescimento de células e a regeneração de tecidos.
Desafios e Futuro da Bioimpressão
Millás aponta que ainda existem barreiras tecnológicas e regulatórias a serem superadas para a produção de órgãos e tecidos humanos mais complexos. Embora a bioimpressão atual permita a criação de pequenos pedaços de pele, osso e cartilagem, o caminho para aplicações clínicas em larga escala requer rigorosos testes de segurança e eficácia, destacando os desafios enfrentados na jornada para a medicina regenerativa.
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Com essas inovações, a 3DBS caminha para se tornar um player crucial na medicina do futuro, moldando a forma como os tratamentos são desenvolvidos e aplicados.
Informações da Agência FAPESP
