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Coração do homem que correu 366 maratonas: qual foi o resultado

4 Min

Completar uma maratona representa um grande feito. No entanto, correr 42 quilômetros todos os dias durante um ano — sem falhar um único dia — é algo que poucos podem imaginar. Esse foi o desafio enfrentado pelo brasileiro Hugo Farias, de 43 anos, que se tornou uma referência mundial ao realizar 366 maratonas consecutivas. A notável conquista garantiu-lhe um espaço no Guinness World Records e chamou a atenção da comunidade científica.

Ex-executivo em uma carreira sólida, Hugo decidiu mudar de vida. Inspirado pelo navegador Amir Klink, ele delineou um projeto audacioso, focando na preparação minuciosa. A estratégia incluiu o e de uma equipe médica, apoio psicológico e rotinas de treino adaptadas. O Instituto do Coração (InCor) acompanhou sua jornada, agregando rigor científico ao desafio.

Coração sob teste extremo

Durante o imponente período de 366 dias, Hugo foi devidamente monitorado por uma equipe de cardiologistas. Exames mensais e análises laboratoriais foram realizados para entender melhor como o corpo — particularmente o coração — reagiria à intensa carga atlética, sem precedentes. Os resultados do estudo, publicados nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia, apontaram resultados surpreendentes.

  • Apesar da demanda física, não foram registrados danos ao coração de Hugo.
  • Nenhum nível elevado de troponina, um indicador importante de lesão cardíaca, foi detectado.
  • Não surgiram sinais de remodelamento patológico, reforçando o êxito do projeto.
  • A principal razão? Hugo manteve uma intensidade moderada nas corridas, com batimentos cardíacos médios em torno de 140 bpm.

A cardiologista Maria Janieire Alves, uma das responsáveis pelo estudo, ressaltou: “O coração dele apresentou adaptações fisiológicas saudáveis.” O cardiologista esportivo Filippo Savioli, que não participou do projeto, destacou o papel crucial da moderação: “O segredo está na intensidade moderada e no acompanhamento médico contínuo.”

O coração se adapta bem ao esforço prolongado — se houver controle de intensidade – Imagem: Shutterstock/Andrii Zastrozhnov

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Desafio físico e mental

Hugo encarou múltiplas dificuldades ao longo do projeto: lesões, cansativas manhãs, episódios de diarreia e até pubalgia. Mesmo assim, ele persistiu e manteve um ritmo constante. Para garantir foco, escolheu repetir a mesma rota em Americana, SP, documentando seus os, enquanto contava com o apoio constante da família. Mais de 5 mil pessoas jogaram ao seu lado ao longo do ano, nessa verdadeira maratona humana.

Além de atuar fisicamente, Hugo se atentou ao plano psicológico. “Trocar uma carreira estável por algo tão incerto exigiu apoio emocional durante todo o processo”, contou. Ao final do projeto, ele lançou um livro intitulado Nunca É Tarde Para Escrever Uma Nova História, narrando suas experiências e reflexões. Após isso, inseparável do espírito aventureiro, Hugo já começou a idealizar sua próxima jornada.

Próximo desafio: percorrer as Américas

Agora, Hugo revela um novo objetivo: tornar-se o primeiro a correr da Alasca até Ushuaia, na Argentina, em apenas 10 meses. Esse projeto ambicioso demandará um esforço monstro. Ele planeja correr aproximadamente 85 km por dia. Além disso, ele quer documentar essa trajetória e busca patrocinadores que possam apoiá-lo.

“Meu objetivo não é estimular que todos corram uma maratona diariamente. O que desejo é mostrar que todos podem superar seus próprios limites e redigir uma nova história, independentemente da fase em que vivem”, enfatiza Hugo. Essa jornada reverbera um impulso, encorajando cada um de nós a desafiar nossas próprias barreiras.

Com apoio médico, psicológico e familiar, Hugo Farias completou 366 maratonas consecutivas – Imagem: PeopleImages.com – Yuri A/Shutterstock
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