Inteligência Artificial Revoluciona Candy Crush: Jogo Ganha Novas Dimensões
A inteligência artificial (IA) está transformando a maneira como os jogos são desenvolvidos, e um dos casos de sucesso mais notáveis é o do Candy Crush. Criado pela desenvolvedora sueca King, esse game se tornou um fenômeno mundial, atraindo milhões de jogadores para seus mais de 18,7 mil níveis. A adoção de IA não apenas aumenta a complexidade dos desafios, mas também garante que cada etapa mantenha seu apelo. Assim, a tecnologia revigora conteúdos antigos e promove uma experiência constante e divertida para os usuários de longa data.
Como destaca uma reportagem da Associated Press (AP), a IA possibilita que os desenvolvedores se concentrem na criação de novos tabuleiros. Ao mesmo tempo, a tecnologia proporciona reconfigurações das fases existentes, um processo que seria “extremamente difícil” se feito manualmente. Essa abordagem inovadora reduz o tédio entre os jogadores. Todd Green, gerente geral da franquia, afirmou que a IA não pretende substituir os trabalhadores, mas sim agilizá-los no processo criativo.
Green complementou essa ideia afirmando: “Estamos tentando implementar IA em problemas existentes para tornar o trabalho das equipes mais rápido e preciso.” Essa transformação emocional não deve erradicar a necessidade humana no jogo. A tecnologia torna o labor mais eficaz, balanceando inovação e trabalho manual.
IA como Coordenadora do Jogo
O uso da IA torna-se especialmente relevante quando se considera a estrutura dos níveis de Candy Crush. Segundo Green, a maior parte da diversão ao resolver os quebra-cabeças vem do “sobe e desce” de dificuldades. Essa lógica é facilitada com a ajuda da IA à medida que otimiza e retrabalha níveis antigos. Assegura-se, assim, que eles continuem interessantes, tanto para jogadores assíduos quanto para novos adeptos.
“O jogo não estabelece a dificuldade de seus níveis de forma sequencial. A composição dos tabuleiros é distribuída de maneira desigual para que gerem a sensação de variedade”, afirmou Green. Essa carência de linearidade mantém o engajamento alto, bem como a percepção de desafio contínuo pelos usuários.
No contexto atual, a IA possibilita duradouras atualizações e melhorias. Valioso é o fato de que milhares de níveis são ajustados semanalmente, processo este que aconteceria a os lentos ou até com certa dificuldade de forma manual. Green ainda ressalta que realizar melhorias em mil níveis é um desafio considerável. “O mais relevante é que estamos utilizando a IA como um design personalizado”, finalizou.
Um Jogo que Resiste ao Tempo
Inaugurado no Facebook em 2012, o Candy Crush já chegou à sua 300ª versão para os consumidores. Desde 2016, a empresa King está sob a bandeira da gigante Activision Blizzard, que a adquiriu por US$ 5,9 bilhões (cerca de R$ 33,45 bilhões). A Activision Blizzard, por sua vez, foi recentemente vendida para a Microsoft.
A era dos dispositivos móveis catalisou a popularização dos jogos entre diferentes faixas etárias. Recentes dados da Entertainment Software Association (ESA) mostram que o celular é a principal plataforma para jogadores acima de 8 anos. Apenas na 2024, consumidores nos EUA gastaram US$ 51,3 bilhões (aproximadamente R$ 290,87 bilhões) em conteúdo de videogame, valor que reflete um aumento em relação aos US$ 49,8 bilhões registrados em 2023. Jogos para dispositivos móveis agora representam quase metade desse montante.
Em suma, a implementação da inteligência artificial no Candy Crush mostra o potencial de inovação dentro do setor de jogos. Graças à IA, desenvolvedores conseguem manter o jogo atraente e desafiante. O engajamento dos jogadores se afirma essencial para sustentar a imersão, demonstrando que tecnologia e criatividade precisam coexistir. Inovações como essa garantem que jogos icônicos como o Candy Crush continuem a evoluir e a encantar novas gerações.
