Renda do Trabalho dos Mais Pobres no Brasil Cresce 10,7% em 2024 e Reduz Desigualdade Social
Em um cenário promissor para a economia brasileira, a renda do trabalho dos 10% mais pobres do país cresceu 10,7% em 2024, superando em 50% o crescimento de 6,7% observado entre os 10% mais ricos. Este resultado é um marco histórico, representando a maior redução da desigualdade social nos últimos anos, conforme apontam dados da FGV Social, baseados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). A média de crescimento da renda do trabalho em todo o país foi de 7,1%.
Marcelo Neri, responsável pelo estudo da FGV, enfatizou a importância desse crescimento, destacando que "tivemos uma redução muito forte da desigualdade em 2024. E tudo isso está mais forte em termos de renda do trabalho do que em relação a outros componentes de renda". O avanço significativo na renda dos mais pobres é atribuído principalmente à combinação da geração de empregos formais e à Regra de Proteção do Bolsa Família, que permite aos beneficiários manterem o auxílio mesmo após ingressarem no mercado de trabalho.
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, também sublinhou a importância dessa medida. "A Regra de Proteção do Bolsa Família é um instrumento essencial para garantir que os beneficiários possam buscar novas oportunidades no mercado de trabalho sem perder o apoio do governo", afirmou o ministro. Essa estratégia tem sido fundamental para incentivar a formalização do trabalho, contribuindo diretamente para a redução da desigualdade e para o crescimento econômico do país.
Outro fator que impulsionou o cenário positivo foi a queda do desemprego, que atingiu a menor média histórica de 6,6% em 2024. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) revelam que 75,5% das vagas criadas no mercado formal foram ocupadas por beneficiários do Programa Bolsa Família. Marcelo Neri ressalta que essa prosperidade do trabalhador brasileiro, com crescimento de 7,1%, é um indicativo de que o bem-estar da população cresceu 10,2%, impulsionado tanto pelo aumento da renda quanto pela redução da desigualdade.
Para reconhecer iniciativas que promovem a inclusão produtiva, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social realizará, no próximo dia 29 de abril, a cerimônia do Prêmio Nacional de Inclusão Socioeconômica. O evento premiará os melhores projetos desenvolvidos por estados, municípios e instituições que buscam reduzir as desigualdades sociais. As categorias incluem Inserção no Mercado de Trabalho, Empreendedorismo e Fomento, e Combate à Desigualdade, onde serão avaliados critérios como criação de empregos e programas de qualificação profissional.
Com um futuro promissor, o Brasil está demonstrando que, através de políticas públicas eficazes e do fortalecimento da economia, é possível reduzir a desigualdade social e melhorar a qualidade de vida de sua população. A combinação entre geração de empregos, aumento da escolaridade e a proteção social do Bolsa Família se mostra um caminho viável para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Com informações da Agência Gov
