A mãe de um menino com autismo disse que uma funcionária da Riachuelo em Feira de Santana (BA) a tratou de maneira discriminatória ao não querer atendê-la.
O que aconteceu:
A mãe diz ter sofrido discriminação por parte de uma funcionária da loja no Boulevard Shopping, em Feira de Santana (BA). Em vídeo publicado nas redes, ela protesta contra o atendimento recebido por uma funcionária da loja.
No vídeo, a mulher diz que foi ao caixa preferencial, mas que a funcionária a direcionou a outro caixa pela dificuldade do atendimento com a criança: "Não me e essas bombas não", teria dito a funcionária da loja.
A mãe pede respeito às pessoas com deficiência, e é aplaudida por outros clientes na loja: "Exijo respeito com os autistas, com as pessoas com deficiência, porque eu sou mãe e ninguém aqui tá livre de ter um filho com deficiência. E eu não aceito, porque já é difícil."
Em nota publicada nas redes sociais, a Riachuelo disse que "lamenta o ocorrido" e que a funcionária foi demitida. Leia a nota na íntegra:
Nós da Riachuelo lamentamos o ocorrido em nossa loja em Feira de Santana e pedimos desculpas.
O comportamento da ex-colaboradora no atendimento não condiz com os valores defendidos e praticados por nós da Riachuelo.
A empresa hoje conta com ciclos obrigatórios e periódicos de treinamento ao atendimento ao cliente, sempre em evolução e atualização, reforçando acima de tudo que o respeito a todos é inegociável. A partir desse caso, e em busca de que situações como essa não voltem a ocorrer, já está em implantação uma nova rodada extraordinária de treinamentos e capacitação da nossa força de vendas.
Reforçamos nossos compromissos constante com o cuidado para que todos se sintam bem-vindos e acolhidos em nossos espaços.
Riachuelo, em nota nas redes sociais
Ex-funcionária de loja diz que termo bomba se refere a cartões e nega ter se referido a criança autista.
A ex-funcionária, por sua vez, afirma que não estava se referindo à criança, mas ao fato de a colega ter ado uma cliente que não estava usando cartão da loja, mas sim de terceiros, e que segundo ela, é chamado de bomba, um tipo de jargão interno.
“Eu sou operadora de caixa lá há mais de um ano. A situação ocorreu porque uma colega minha do trabalho, Tati, ou essa cliente preferencial para mim lá na ponta, sendo que ela não me explicou o que estava acontecendo com a cliente. Ela simplesmente jogou no meu caixa para eu ar. E eu perguntei, Tati, por que você está ando essa cliente para mim? E ela simplesmente me deu as costas e saiu. Até então eu atendi a mãe e a criança super bem e em nenhum momento eu destratei ela. Quando ela saiu do meu caixa eu virei para Tati. E eu falei, Tati, não traga mais essas bombas”, contou a operadora.
Ela continua o pronunciamento explicando o que quer dizer o termo bomba.
“Bombas, lá na Riachuelo a gente quer dizer cartão de terceiros. A gente não está se referindo ao cliente, a gente não está se referindo a ninguém. A gente está se referindo a cartão, porque lá dentro da empresa, todas as Riachuelos trabalham com metas. Se a gente a um cartão Riachuelo a gente fica dentro da meta. Se você a um cartão de terceiro, que não seja da loja, sua P.A. cai. E, por Tatiana trazer essa cliente pra mim com cartão de terceiro, eu achava que ela estava querendo ar o terceiro para mim e ficar com a P.A. E eu, por isso, interroguei a Tati, por que você está ando essa cliente pra mim? Em nenhum momento eu referi que a cliente era uma bomba, que a criança dela era uma bomba. Até porque eu não sabia que a cliente dela, a criança dela, tinha problema de autismo”, declarou.
Por fim, a ex-funcionária da loja de departamento disse que está ando dificuldades porque o marido dela está desempregado e que foi acusada injustamente.